Bem, creio que
posso me considerar uma saudosista,
bairrista, conservadora, que mantem uma luta íntima entre a certeza da
necessidade do progresso e suas consequencias, e um enorme pesar com o abandono
do antigo. São os renascimentos a que estamos sujeitos; os seres e as coisas.
Quem esteve fora
de Ribeirão Preto e por aqui chegar nos últimos dias, certamente que muito
extranhará o seu visual, perderá os pontos de referencia, e terá
dificuldades de encontrar uma ou outra
loja que costumava frequentar.
Estavamos
habituados com um número assustador de
placas, na verdade placonas, cartazes, etc, lançados sobre as calçadas,
agora depararemos com prédios
nus,
sujos feios, cheios de ganbiarras pra segurar as tais ‘placonas’, um
emaranhado de fios aéreos entrecruzando, e ficaremos espantados com com os
predios arquitetônicos belíssimos e muito mal conservados. São faxadas tão
belas que custa-me acreditar ter
sobrevivido por tantos anos escondidos atras das ‘placonas’.
Quando fui convidada a opinar como cidadã comum sobre a
necessidade da aprovação da Lei da Cidade Limpa, não tinha real ideia da sua
importancia, porém, confiando na visão dovereador Marcelo Palinkas (que foi
quem me contactou), opinei favoravelmente a criação da lei. Agora sinto-me
satisfeita e feliz por ter feito parte deste projeto, por ter podido contribuir
com meu voto a favor. Também penso que a grande maioria dos Ribeirao pretanos
mais jovens, não tinham ideia do
real visual de nosso Boulevar.
Não só no
centro, como por toda a cidade, assistimos o renascer de uma ‘nova ‘ cara de Ribeirão Preto.
O engraçado disso,
é que casas cmerciais tradicionais, ficam por algum tempo irreconhecíveis, eu
senti dificuldade para localizar uma ou outra. Por outro lado vejo com satisfação
os resultados. As que já conseguiram completar as reformas e adequações se
apresentam mais bonitas, elegantes e o bom gosto vem tomando lugar, acho que
quando retirarem os emaranhados de fio aéreos, teremos uma cidade muito mais
bonita e agradável de se visitar.
Ribeirão Preto,
guarda prédiios de arquitetura maravilhosa, com belíssimos detalhes que foram
sendo escondidos por anos a fio, pelas placonas desordenadas, na guerra de
chamar clientelas para o comercio.
Sou fascinada por
alguns predios de nossa cidade, como o da esquina Florencio de Abreu com Alvares
Cabral, ou o da Rua Duque de Caxias com Tibiriça, pra citar apenas dois.
Florenço de Abreu C/ Alvares Cabral |
E tem
um outro, creio que na Viconde de Inhauma, se não o demoliram. Morro de pezar
ao ver esse prédios ao sabor do tempo, sem conservação; Penso que pela sua história,
e dos seus antigos proprietários deveriam ser sim conservados, restaurados, e
suas histórisa deveriam ser repassadas para os nossos jovens. Um povo tem o
dever de valorizar a sua história!
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