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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tuberculose em Ribeirão Preto






Tres doenças tem tirado o sono da população ribeirão pretana na última década. Trata-se da dengue, hanseníase e tuberculose . Estudos universitários nos diz que;” A percepção de que determinadas doenças ocorriam preferencialmente neste ou naquele lugar é antiga.
Atribui-se a Hipócrates (480 a.C.) os primeiros registros sobre a relação entre a doença e o local/ambiente onde ela ocorre. No seu livro "Ares, águas e lugares", enfatizou a importância do modo de vida dos indivíduos e analisou a influência dos ventos, água, solo e localização das cidades em relação ao sol, na ocorrência da doença2.
O quadro registrado em Ribeirão Preto demonstra o paradoxo de uma cidade que, apesar de abrigar um dos maiores centro de excelência médica do país, apresenta ainda a ocorrência de doenças como dengue, hanseníase e tuberculose. Apesar dos casos estarem mais concentrados em bairros tradicionalmente mais carentes do município, observou-se, no caso do dengue, que também foi encontrado em áreas com melhores níveis socioeconômicos, o que ressalta a necessidade da população adquirir os hábitos de combate ao dengue.

“A hanseníase, assim como a tuberculose, é consagrada na literatura como problema de saúde pública intimamente relacionado a situações de pobreza, como desnutrição, analfabetismo, superlotação, moradia inadequada, desemprego, crescimento desordenado das cidades, favelização, debilidade dos serviços de saúde; além disso, a elevada frequência do HIV e abandono ao tratamento são fatores que debilitam ainda mais o quadro da tuberculose no Brasil.”

*Dados coletados em: © 2011 Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
Recomendo a leitura atenta do Dr. Wanir José Barroso
http://www.rampadeacesso.com/medicina/artigos/wani_tuberculose_hoje.htm
e ainda Dr. Stenio Miranda
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/tuberculose/relatorio.pdf

Tuberculose avança nos presídios de Ribeirão Preto

"Número de casos da doença subiu de 400, em dezembro, para 847 em março, para cada 100 mil presos

Ana Paula Sousa
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A predominância da tuberculose nos presídios de Ribeirão Preto saltou de 400 casos para cada 100 mil detentos em dezembro para 847 por 100 mil em março deste ano.
O número é superior à última média divulgada pelo Estado, no final do ano passado, que gira em torno de 700 para cada 100 mil."
De acordo com a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose e Hanseníase, Lis Neves, a Secretaria da Saúde faz busca ativa por pacientes com sintomas da tuberculose, mas a superlotação dos presídios da região colabora para o desenvolvimento de outras doenças. Na região de Ribeirão Preto cerca de 6 mil presos ocupam 3,5 mil vagas em seis unidades de detenção.
"O bacilo da tuberculose é sensível à luz e sua propagação se dá pelo ar. Locais com pouca incidência de luz e muita gente confinada são ideais para sua transmissão", afirma.
Na tentativa de reduzir o número de casos, o Programa de Controle de Tuberculose intensificou ações nas penitenciárias da região. "Fizemos um trabalho no Centro de Detenção Provisória com presos multiplicadores que estão sensibilizados para detectar casos da doença", afirma.
Os trabalhos também devem ser estendidos para as cadeias de Ribeirão Preto. Além de evitar casos dentro das cadeias, o trabalho visa impedir que o bacilo contamine familiares dos detentos e que isso se torne um ciclo.
"Os profissionais e os presos precisam trabalhar em duas frentes. Dentro e fora dos presídios. Uma pessoa com tuberculose pode contaminar outras 15 ao longo de um ano", afirma Lis Neves.
HIV
A superlotação dos presídios da região de Ribeirão Preto é apontada como um risco à saúde dos detentos. "A lotação é prejudicial para as pessoas, os agentes e todo o sistema", afirma o membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), José Ricardo Guimarães.
Além do excesso de presos, também existe deficiência no quadro de profissionais da área de saúde.
Para rastrear possíveis portadores do vírus da Aids entre os detentos, a Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, irá oferecer testes rápidos de HIV em unidades prisionais do Estado.
Dois treinamentos já foram realizados, para profissionais dos centros de detenção da capital paulista e na região metropolitana. As próximas capacitações vão ocorrer em Ribeirão e Araraquara...Confira Aqui


A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita queataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.

O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.

Importante saber:

Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.

Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.

“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).


MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: 
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
 

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
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r e fW � r a �/: HgS Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.

O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.

Importante saber:

Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.

Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.

“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).


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