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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Córrego dos Campos e Av. Antonio Galão

Preservação Ambiental e Sabedoria Humana






Há 18 anos quando nos mudamos para cá, toda a borda do pequeno riacho, havia sido transformada  com o aterro, que elevou a mais de dois metros, a fim de compor o terreno pra a construção do conjunto habitacional
















 Um ano antes de iniciarem o aterro, morava num bairro acima, e costumava caminhar pelo local, que antes havia servido por anos a fio, com a cultura da cana de açúcar











Há 18 anos quando nos mudamos para cá, toda a borda do pequeno riacho, havia sido transformada  com o aterro, que elevou a mais de dois metros, a fim de compor o terreno pra a construção do conjunto habitacional






Morava então num sobrado e acabei por herdar uma gatinha de minha irmã Neusa, que ao se mudar, pois dividíamos o apartamento, deixou a gatinha para traz







Como é o gato quem escolhe o seu dono, a danadinha se tomou de amores pelo Arthur, e acabamos ficando com ela.







Então, aos domingos pela manhã, descíamos riacho abaixo levando-a a passear.






 Por isso conheci o lugar uns 5 anos antes de aqui vir morar









Bem, o conjunto foi construído e tivemos a sorte de sermos escolhidos e premiados na verdade com um local tão especial.




















Logo encontrei um parceiro, cuja atuação foi fundamental, como tratava-se de área aterrada, e com a vinda dos moradores, muitas reformas foram realizadas, sendo que os dejetos  ali foram depositados e depois compactados, o solo se tornou bastante resistente a enxadas e enxadões, sendo possível apenas  com o uso de cavadeiras, para furara as covas, era o "seu" Dito quem as fazia para que eu pudesse  plantar, o Sr. 'Dito' ou 'Ditão', como é conhecido, que tomou para si a função do hortelão na área.






Também, com o trabalho comunitário que eu realizava junto a comunidade, conseguimos eu e os demais educadores do grupo, a motivar as crianças, conscientizando-as  quanto a importância do verde em nossas vidas.









Foi assim que numa unica manhã conseguimos a façanha de plantar nove mudas.





Menos de 48 horas, todas estavam sobre montes de entulhos, despejados por carroceiros que cobraram para retirá-los de moradias em reformas e os descartaram ali, na borda da rua, em cima das mudas recém plantadas.  










Dessas apenas uma  resistiu e sobreviveu.




O sr. Dito, precisou  cercar a área com arame farpado, para que as mudas pudessem  por algum tempo, até que a guarda florestal, lhe pediu para retirar a cerca, mas as mudas que já estavam encorpadas continuaram na sua aventura ingrata contra os agressores, por esta época havia um antigo fazendeiro, na verdade os antigos donos do lugar, que criam gados e ainda hoje, que usavam a área como pastagens; então, quando o gado não comiam os brotos das mudas, as pisavam. Outras vezes, pessoas passavam e simplesmente arrancavam as mudas, quebravam-nas destruindo um trabalho feito com amor, cujos benefícios pelos anos afora serão de todos.















Mas foi difícil.
Por diversas vezes me indispus com carroceiros contratados para retirar entulhos de reformas das portas das casas vizinhas, e vinham descartar nas bordas da rua, muitas vezes, nem respeitando a calçada ou mesmo o leito carroçável, deixando verdadeiras lambanças para que a prefeitura recolher. 


 
Contamos por diversas vezes o plantio de mais de cem mudas, perseverantes, teimosos, insistimos anos a fio. 








O Córrego dos Campos, que recebia esgoto doméstico foi beneficiado com o programa de  canalização do esgoto , e hoje está quase totalmente livre desse problema. Existe na área bandos  de anú-preto, que nos dias de calor, se banham nessas águas, e é de morrer de pena, vê-los banhando e bebendo água podre de esgoto, além disso há uma grande população de tartarugas ou cágado-(não consigo precisar bem as diferenças), que moram nestas águas, e as garças brancas.




















Bem ao lado da ponte que dá passagem para o Bairro Dutra, existem duas minas que jorram água límpida por entre uma enorme rocha que constitui uma das paredes e bases da ponte. 






















Para se chegar  ate a ponte, tem duas opções, sendo que a principal fica bem de frente a ponte, e a segunda é esta visualizada nesta foto, e que muitas vezes ficou totalmente coberta por entulhos e lixo doméstico, 

 

quase sempre de moradores mais distanciados,





 
Apesar de tudo, já possuímos uma bela paisagem com arvores de mais de cinco metros de altura, que funcionam como corta vento, protegendo nossos telhados durante os episódios de vendavais, que ocorrem todos os anos nesta época.





As árvores frutíferas como os abacateiros, cajueiros, mangueiras, coqueiros, mamoeiros, Já carregam de flores e frutos que são consumidos pelas crianças dos bairros, ou recolhidos pelos passantes.

















(Noutra ocasião, tentarei classificar e documentar por fotos as espécies que frequentam "nossa" pequena floresta)
O  então garotinho Victor, responsável pelo exemplar de jambo Vermelho que já está com quase  2 metros de altura, presente numa das fotos, e com uma história peculiar. 










Por hora era o que tínhamos a dizer.















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