Desafio Literário Blogueiras Unidas
Leituras inesquecíveis!
De fato sou uma consumidora de livros, já fui
“traça de biblioteca”, hoje leio um pouco menos, mas não perdi a paixão pelo
prazer de devorar um livro após o outro. Meu
primeiro livro, foi um presente de meu querido e saudoso pai em um natal
quando eu tinha apenas 8 anos; era o livro , na verdade um livreto
de capa azul, contando A História de
José. Fiquei tão encantada, tão contaminada com a história que li e reli este livro até que ele
se desfez de tanto manuseio. Me deliciava com cada situação vivenciada pelo
jovem josé. Depois na adolecescencia, me
tornei leitora compulssiva, e ficava
anciosa pelas férias de final de ano, quano praticamente me internava na
biblioteca da cidade, e ainda levava 3
livros para casa, chegava a ler 4 ou cinco livro no recesso escolar de final de
ano.
Leituras inesquecíveis!

Nesta época, entre muitos, o que me marcou
muito foi” O Cortiço” - Aluísio de Azevedo.Enquanto
lia, ia tentando me imaginar dentro do cortiço. A descrição do ambiente, sua constituição
fisica e geografica, a caracteristica especifica dos seus personagens, me intrigava muito, com joão romão e suas manias de um sovina groseiro e sovina, ao ponto de
comer frutas e legumes em fase de apodrecimento, só pra não perder nada do seu
estoque.A forma como tapeava sua ‘namorada’ a esforçada Bertoleza. E como se
aproveitava dos recursos ganhos pela moça, com mentiras.
“Era
essa uma escrava que ganhava a vida vendendo peixe frito diante da venda de
João Romão. Os dois tornam-se amantes. O protagonista aproveita as economias
dela e, mentindo que havia comprado a sua carta de alforria, investe em seus
próprios negócios, construindo três casinhas, imediatamente alugadas.
Com o
tempo, de três chegam a 99 casinhas (na realidade, o progresso é devido não só
ao tempo. Há também o dinheiro dos aluguéis que vai sendo investindo, numa
postura claramente capitalista, e também o furto que João Romão e sua amante
vão realizando do material de construção dos vizinhos), tornando-se o Cortiço
São Romão (a maneira como Aluísio Azevedo descreve a origem e o estágio atual
desse fervilhar tem claro gosto naturalista. No primeiro aspecto, as condições
do meio – água à vontade – permitiram que a moradia coletiva se desenvolvesse.
Existe, nesse tópico, uma forte influência dos avanços que a Biologia estava
tendo na época. Quanto ao segundo aspecto, a maneira como são descritos os
moradores em sua agitação, semelhantes a larvas minhocando num monte de
esterco, é de uma escatologia tradicional a essa escola literária, rebaixadora
ou mesmo aniquiladora da nobreza humana, ao comparar degradantemente suas
personagens a animais, num processo conhecido como zoormorfismo). Aqui está a
salvação do romance. Aluísio Azevedo tem deficiências no trato de personagens,
tornando-as psicologicamente pobres, o que pode ser desculpável, pois o
Naturalismo tem uma predileção por tipos. Essa característica vem a calhar a um
autor que se notabilizara como caricaturista.”
Outro fato que marcou-me foi a fragilidade das
mulheres que se deixavam levar e manipular pelos homens, a exemplo de Neném, adolescente negra de libido explosiva
que acaba perdendo a virgindade nas mãos de um empregado de João Romão. Cai na
vida. Existe também Albino, de tendências homossexuais, ou então Machona;
"Pombinha, moça afilhada da prostituta Léonie, que é responsável também por sua
iniciação sexual. A menina é noiva de João da Costa. Seu casamento seria a
garantia de saída daquela moradia pobre. Mas sua mãe tinha escrúpulos que
adiavam o casamento: enquanto a filha não se tornasse mulher – ou seja, tivesse
sua primeira menstruação., e que no final acaba virando lésbica.
Estes
dois fatores , a presença do homssexual masculino e feminino, mexeu com minha
imaginação, visto que àquela e´poca o
convencional já se constituia um
complexo segredo mantido a sete chaves, pelos adultos, e muito confuso nas
definições das amiguinhas."
O autor expressa de
forma clara o papel da mulher usada, submetida
aos homens, como se fora de outra espécie. Me pertubava tambem a aquiescencia
das mães cujas no meu conceito tinha como objetivo primeiro na vidam defender suas
pequenas e encaminha-las para um casamento feliz, mesmo continuando paupérrima.
De qualquer ângulo sua posição dentro de uma
sociedade machista é estremamente degradante.
Ah! E tem a Rita Baiana,
verdadeiro ‘protótipo’ da mulata
brasileira de nossos dias.
Bem, o livro é muito bom de
se ler, pois é uma novidade após outras.
Vale a pena conferir, e voce
pode baixá-lo com licença e tudo da Biblioteca digital deo Ministério da Educação de Domínio Público livre, cujo
link segue abaixo.> http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000015.pdf
(È bom que si diga que esta biblioteca já
correu o risco de ser tirada do ar por
falta de acesso. Seu acervo é muito bom, e se a utilizarmos, estaremos
contribuido para mante-la e melhora-la.)

2 comentários:
Oi amiga querida!
Parabéns, a postagem está perfeita e as indicações MARAVILHOSAS.
Obrigada por contribuir com mais este DESAFIO das BLOGUEIRAS UNIDAS.
Tenha um dia abençoado!
Beijocas!
siglea Mallet
**Nosso próximo DESAFIO será a apresentação de nossa cidade. Prepare-se!
Ola querida faço parte das blogueiras unidas e vim conhecer seu cantinho adorei sua postagem e suas indicaçõe de livros.
ja to seguindo
me faz uma visitinha http://gatanolaco.blogspot.com
bjos
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