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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Leituras Inesquecíveis

Desafio Literário Blogueiras Unidas


Leituras inesquecíveis!


De fato sou uma consumidora de livros, já fui “traça de biblioteca”, hoje leio um pouco menos, mas não perdi a paixão pelo prazer de devorar um livro após o outro. Meu  primeiro livro, foi um presente de meu querido e saudoso pai em um natal quando  eu tinha  apenas 8 anos; era o livro , na verdade um livreto de capa azul, contando A   História de José. Fiquei tão encantada, tão contaminada com a  história que li e reli este livro até que ele se desfez de tanto manuseio. Me deliciava com cada situação vivenciada pelo jovem josé. Depois  na adolecescencia, me tornei leitora compulssiva, e  ficava anciosa pelas férias de final de ano, quano praticamente me internava na biblioteca da cidade, e ainda  levava 3 livros para casa, chegava a ler 4 ou cinco livro no recesso escolar de final de ano.

Nesta época, entre muitos, o que me marcou muito foi” O Cortiço” - Aluísio de Azevedo.Enquanto lia, ia tentando me imaginar dentro do cortiço.  A descrição do ambiente, sua constituição fisica e geografica, a caracteristica especifica dos seus  personagens, me intrigava muito,  com joão romão e suas manias de  um sovina groseiro e sovina, ao ponto de comer frutas e legumes em fase de apodrecimento, só pra não perder nada do seu estoque.A forma como tapeava sua ‘namorada’ a esforçada Bertoleza. E como se aproveitava dos recursos ganhos pela moça, com mentiras.

Era essa uma escrava que ganhava a vida vendendo peixe frito diante da venda de João Romão. Os dois tornam-se amantes. O protagonista aproveita as economias dela e, mentindo que havia comprado a sua carta de alforria, investe em seus próprios negócios, construindo três casinhas, imediatamente alugadas.
Com o tempo, de três chegam a 99 casinhas (na realidade, o progresso é devido não só ao tempo. Há também o dinheiro dos aluguéis que vai sendo investindo, numa postura claramente capitalista, e também o furto que João Romão e sua amante vão realizando do material de construção dos vizinhos), tornando-se o Cortiço São Romão (a maneira como Aluísio Azevedo descreve a origem e o estágio atual desse fervilhar tem claro gosto naturalista. No primeiro aspecto, as condições do meio – água à vontade – permitiram que a moradia coletiva se desenvolvesse. Existe, nesse tópico, uma forte influência dos avanços que a Biologia estava tendo na época. Quanto ao segundo aspecto, a maneira como são descritos os moradores em sua agitação, semelhantes a larvas minhocando num monte de esterco, é de uma escatologia tradicional a essa escola literária, rebaixadora ou mesmo aniquiladora da nobreza humana, ao comparar degradantemente suas personagens a animais, num processo conhecido como zoormorfismo). Aqui está a salvação do romance. Aluísio Azevedo tem deficiências no trato de personagens, tornando-as psicologicamente pobres, o que pode ser desculpável, pois o Naturalismo tem uma predileção por tipos. Essa característica vem a calhar a um autor que se notabilizara como caricaturista.”

Outro fato que marcou-me foi a fragilidade das mulheres que se deixavam levar e manipular pelos homens, a exemplo de Neném, adolescente negra de libido explosiva que acaba perdendo a virgindade nas mãos de um empregado de João Romão. Cai na vida. Existe também Albino, de tendências homossexuais, ou então Machona;

"Pombinha, moça afilhada da prostituta Léonie, que é responsável também por sua iniciação sexual. A menina é noiva de João da Costa. Seu casamento seria a garantia de saída daquela moradia pobre. Mas sua mãe tinha escrúpulos que adiavam o casamento: enquanto a filha não se tornasse mulher – ou seja, tivesse sua primeira menstruação., e que no final acaba virando lésbica. 
Estes dois fatores , a presença do homssexual masculino e feminino, mexeu com minha imaginação, visto que àquela  e´poca o convencional já se constituia  um complexo segredo mantido a sete chaves, pelos adultos, e muito confuso nas definições das amiguinhas."

O autor expressa de forma  clara o papel da mulher usada, submetida aos homens, como se fora de outra espécie. Me pertubava tambem a aquiescencia das mães cujas no meu conceito tinha como objetivo primeiro na vidam defender suas pequenas e encaminha-las para um casamento feliz, mesmo continuando paupérrima. De qualquer ângulo sua posição dentro de uma  sociedade machista é estremamente degradante.
Ah! E tem a Rita Baiana, verdadeiro ‘protótipo’ da mulata  brasileira de nossos dias.

Bem, o livro é muito bom de se ler, pois é uma  novidade após outras.
Vale a pena conferir, e voce pode baixá-lo com licença e tudo da Biblioteca digital  deo Ministério da Educação de Domínio Público  livre, cujo link segue abaixo.> http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000015.pdf

(È bom que si diga que esta biblioteca já correu o risco de  ser tirada do ar por falta de acesso. Seu acervo é muito bom, e se a utilizarmos, estaremos contribuido para  mante-la e melhora-la.)

Agora, no momento, estou mergulhada nas obras do autor Roger Bottini Paranhos, já li  A Historia de um Anjo, Sob o signo de Aquário, estou lendo Akenaton , A Revolução Espiritual do Antigo Egito  e depois vou ler A Terra das Araras Vermelhas de Roger Faraudy, que já está  na  estante; Não exatamente assim porque revesamos-nos na leitura eu e meus filhos. Assim  o produto das feiras do Livro, vai passando de mão em mão, até que todos tenham lido todos os livros. Depois emprestamos para os amigos.


 l

2 comentários:

Blogueira Unidas - Oficial disse...

Oi amiga querida!
Parabéns, a postagem está perfeita e as indicações MARAVILHOSAS.
Obrigada por contribuir com mais este DESAFIO das BLOGUEIRAS UNIDAS.
Tenha um dia abençoado!
Beijocas!
siglea Mallet

**Nosso próximo DESAFIO será a apresentação de nossa cidade. Prepare-se!

Jéssica Assis disse...

Ola querida faço parte das blogueiras unidas e vim conhecer seu cantinho adorei sua postagem e suas indicaçõe de livros.

ja to seguindo
me faz uma visitinha http://gatanolaco.blogspot.com

bjos