Maria
Helena Guimarães dos
Santos
nasceu, exatamente em 23/10/1950, menina amada, cresceu como crescem as
crianças, cheias de folguedos, pequenas aventuras e grandes sonhos;
Assim
chegou à mocidade, descobriu o amor, namorou casou-se.
Virou
mulher, mãe, esposa;
A
vida lhe reservava a viuvez recheada das dficuldades e diversidades naturais da
vida;
Cultivou
amizades,
Voz
mansa, olhar confiante, vida discreta;
Corajosa
como toda mãe que se preze, protegeu o filho até este se tornar um homem;
Mas
ainda assim continuou a protegê-lo.
Viu
a netinha chegar, e em meio a doçura dessa nova vida que embalou nos braços,
Descobriu-se
doente!
Nada
grave, coisa de gente idosa, vai se
cuidando, tomando direitinho os remédios,
Seguindo
o curso da vida na velocidade permitida...
Até
que não deu mais pra se enganar...
Estava
irremediavelmente enferma!
Coisa
grave, e muito dolorosa! Isto sabia bem!
Por
mais que lhe dissessem que tudo acabaria bem,sabia que não,
Principalmente
por ser ela, quem sentia as agonias das dores constantes e a cada dia mais
fortes.
Que
fazer, a não ser aguardar o desfecho ¿
Sabia,
muito bem estar chegando a data fatídica indicada pelo vencimento do prazo de
validade da vida humana!
Nem
mesmo as visitas do pastor, das amigas, os cuidados assustados do filho amado,
eram capazes de lhe afastar as constatações íntimas...
O
fim estava próximo, estava irremediavelmente chegando ao fim! O seu fim!
Diante
disto, nos momentos sem dores, era
possivel refletir como seria este fim.
O
que haveria depois de serrar os olhos para o mundo¿
Quem
viria recebê-la após devolver à Terra seu velho e cansado corpo¿
Reencontraria
a mãe, avós, esposo¿
E
foi assim de conjecturas silenciosas, entre
crises horrendas de dores, intercaladas com fortíssimos analgésicos, que
Maria Helena viu seu corpo falecendo um orgão após o outro, até que não
restasse outro recurso senão abandonar-se definitivamente, e abandonar seu
velho e cansado corpo!
A
notícia correu célere entre os vizinhos, as amigas consternadas, pesarosa e
chorosa, aguardando a liberação do velho corpo para o velório e sepultamento.
Por
estas horas, já exposta a visitação e despedida dos parentes e amigos!
Morreu
Maria Helena, a pequena mulher de olhinhos acanhados e vóz pequena!
Maria
Helena, a Dona Helena da rua Pe. Alberto Peron, a nossa velha amiga!
Adeus
minha boa Helena!
Estou com um misto de tristeza e saudades,
misturada a certeza de que enquanto choramos a sua partida, és recebida por
braços amorosos ods que aprenderam a amá-la, e que partiram antes de ti!
Este
é portanto um estranho dia de lágrimas, lágrimas de tristezas e saudades, e de
alegria dos que a acolhem na Pátria de origem!
Por
tudo o que vivemos, e convivemos, lhe ofereço não as minhas lágrimas, mas
minhas preces de carinho e gratidão pela a nossa amizade!
Desejo-lhe
brevíssimo restabelecimento,e um despertar sereno!
Muito
obrigada minha boa amiga Maria Helena Guimarães dos Santos!
Vá
em paz!
Ribeirão
Preto,quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
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